domingo, 9 de dezembro de 2012

Ansiedade da separação



Quando se fala em “Ansiedade da Separação em Bebês” diversos estudos indicam diferentes fases para esta reação nos bebês, alguns falam de 6 a 8 meses, outros de 10 a 18, mas como sabemos, assim como qualquer outra característica do desenvolvimento, cada criança tem o seu “momento”, e você com certeza vai saber quando o seu bebê estará passando por essa fase. O importante é ter em mente como reagir e o que fazer. Mas o que é realmente a “Ansiedade da Separação em Bebês”? E como os pais devem se comportar? Quando será que seu filho vai entender onde você termina e ele começa?

Ao nascer, a criança acha que é parte de você e não se enxerga como um ser único. Quando o bebê começa a perceber que é um indivíduo separado da mãe, essa descoberta lhe traz angústia e pânico, então ele tende a solicitar muita atenção da mãe e pode chorar mais que o usual. É preciso levar a sério a intensidade dos seus sentimentos. O bebê não está “chatinho”, “grudento” e nem “manhoso”. Inclusive bebês que sempre dormiram bem podem começar a se rebelar na hora de dormir, ou acordar várias vezes durante a noite. A maioria das conexões nervosas no nosso cérebro são feitas na infância e a maneira com que lidamos com as emoções do bebê tem um efeito profundo em como essas conexões se refletirão na capacidade do bebê lidar com suas próprias emoções quando for adulto. Quando o bebê sofre pela ausência dos pais, no seu cérebro ativam-se as mesmas zonas de quando ele sofre uma dor física. Ou seja, a linguagem da perda é idêntica à linguagem da dor. Não tem sentido aliviar as dores físicas, como um corte no joelho, e não consolar as dores emocionais, como a angústia da separação.  Se o seu bebê tem mais de 6 meses e de repente começa a reclamar quando você sai da sala, ou tem problemas com as sonecas ou o sono noturno, este pode ser o início de ansiedade normal de separação. Essa ansiedade normal não precisa se transformar em ansiedade prolongada, se você:

- Despertar um sentimento de segurança na criança, dando-lhe muito amor e atenção. As crianças aprendem mais rápido quando recebem o carinho necessário, do que quando os pais seguem uma educação severa e rígida

- Realizar "separações de curto prazo", dentro da casa. Basta que um dos pais vá até um outro cômodo da casa, fora da vista da criança, dizendo: "Onde é que está a mamãe?". E quando retornar, dizer: "Eu estou aqui.” Essas separações curtas repetidas podem ajudar a criança a aprender que a separação é apenas temporária.

- Não sair de fininho ao deixar seu filho na escola ou com a babá. Isso pode assustar o bebê ainda mais. Por mais duro que seja, na hora de ir embora, se despeça olho no olho. 

- Responder ao choro da criança de maneira relaxada e alegre.

- Cuidar com o seu tom de voz - não espelhe o pânico dele.

- Além disso, nessa fase, procure passar todo tempo possível com seu bebê, principalmente se trabalha fora. Separe os momentos logo após o reencontro do dia de trabalho para ter dedicação exclusiva a ele. Sente confortavelmente, faça contato olho no olho, amamente, interaja com seu bebê.

Ansiedade da separação é um estágio fisiológico do desenvolvimento da criança e uma evidência científica de que os pais são as pessoas mais importantes no universo do bebê.

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