Quando se
fala em “Ansiedade da Separação em Bebês” diversos estudos indicam diferentes
fases para esta reação nos bebês, alguns falam de 6 a 8 meses, outros de 10 a
18, mas como sabemos, assim como qualquer outra característica do
desenvolvimento, cada criança tem o seu “momento”, e você com certeza vai saber
quando o seu bebê estará passando por essa fase. O importante é ter em mente
como reagir e o que fazer. Mas o que é realmente a “Ansiedade da Separação em
Bebês”? E como os pais devem se comportar? Quando será que seu filho vai
entender onde você termina e ele começa?
Ao nascer,
a criança acha que é parte de você e não se enxerga como um ser único. Quando o
bebê começa a perceber que é um indivíduo separado da mãe, essa descoberta lhe
traz angústia e pânico, então ele tende a solicitar muita atenção da mãe e pode
chorar mais que o usual. É preciso levar a sério a intensidade dos seus
sentimentos. O bebê
não está “chatinho”, “grudento” e nem “manhoso”. Inclusive bebês que sempre
dormiram bem podem começar a se rebelar na hora de dormir, ou acordar várias
vezes durante a noite. A maioria das conexões nervosas no nosso cérebro são
feitas na infância e a maneira com que lidamos com as emoções do bebê tem um
efeito profundo em como essas conexões se refletirão na capacidade do bebê
lidar com suas próprias emoções quando for adulto. Quando o bebê sofre pela
ausência dos pais, no seu cérebro ativam-se as mesmas zonas de quando ele sofre
uma dor física. Ou seja, a linguagem da perda é idêntica à linguagem da dor.
Não tem sentido aliviar as dores físicas, como um corte no joelho, e não consolar
as dores emocionais, como a angústia da separação. Se o seu bebê tem mais de 6 meses e de
repente começa a reclamar quando você sai da sala, ou tem problemas com as
sonecas ou o sono noturno, este pode ser o início de ansiedade normal de
separação. Essa ansiedade normal não precisa se transformar em ansiedade
prolongada, se você:
-
Despertar um sentimento de segurança na criança, dando-lhe muito amor e
atenção. As crianças aprendem mais rápido quando recebem o carinho necessário,
do que quando os pais seguem uma educação severa e rígida
- Realizar
"separações de curto prazo", dentro da casa. Basta que um dos pais vá
até um outro cômodo da casa, fora da vista da criança, dizendo: "Onde é
que está a mamãe?". E quando retornar, dizer: "Eu estou aqui.” Essas
separações curtas repetidas podem ajudar a criança a aprender que a separação é
apenas temporária.
- Não sair
de fininho ao deixar seu filho na escola ou com a babá. Isso pode assustar o
bebê ainda mais. Por mais duro que seja, na hora de ir embora, se despeça olho
no olho.
-
Responder ao choro da criança de maneira relaxada e alegre.
- Cuidar
com o seu tom de voz - não espelhe o pânico dele.
- Além
disso, nessa fase, procure passar todo tempo possível com seu bebê,
principalmente se trabalha fora. Separe os momentos logo após o reencontro do
dia de trabalho para ter dedicação exclusiva a ele. Sente confortavelmente,
faça contato olho no olho, amamente, interaja com seu bebê.
Ansiedade
da separação é um estágio fisiológico do desenvolvimento da criança e uma
evidência científica de que os pais são as pessoas mais importantes no universo
do bebê.
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