terça-feira, 22 de outubro de 2013

Quem é a Doula?

A palavra "doula" vem do grego "mulher que serve". Nos dias de hoje, aplica-se às mulheres que dão suporte físico e emocional a outras mulheres, antes, durante e após o parto. São também figuras importantes na retomada do parto fisiológico, natural e humanizado.

As doulas não podem ser consideradas parteiras, pois não realizam procedimentos médicos como auscultação fetal, medição de pressão e exame de toque do colo uterino. Antigamente os partos eram realizados pelas parteiras que cuidavam da mulher em todos os aspectos. Hoje os partos são feitos em hospitais com uma equipe especializada. Obstetras que têm a função de fazer o parto, pediatra para avaliar a saúde do bebê, a enfermeira e auxiliares que devem auxiliar os médicos para que nada falte e atender as outras mulheres também. E quem oferece assistência à mulher que está dando à luz? Esse é o papel da Doula, atender as necessidades da mulher. O ambiente hospitalar e as pessoas desconhecidas geram na mulher medo, dor e ansiedade na hora do parto. A Doula então oferece todo apoio afetivo e emocional para que a mulher sinta-se segura e tranqüila para um dos grandes momentos da sua vida: o nascimento do seu filho.


O que mais a doula faz?

Antes do parto: ela orienta o casal sobre o que esperar do parto e pós-parto. Explica os procedimentos comuns e ajuda a mulher a se preparar, física e emocionalmente para o parto, das mais variadas formas. Durante a gestação, fornece informações baseadas em evidências científicas para evitar cesáreas indesejadas ou desnecessárias, proporcionar uma experiência positiva de parto e reforça o vínculo mãe/bebê.

Durante o parto: a doula funciona como uma interface entre a equipe de atendimento e o casal. A Doula não substitui o acompanhante. Ela também dá suporte e orienta o acompanhante a oferecer apoio e conforto à mulher, mostrando como ser útil e não ficar perdido na assistência a mulher, o que muitas vezes ocorre. Ela explica os complicados termos médicos e os procedimentos hospitalares e atenua a eventual frieza da equipe de atendimento em um dos momentos mais vulneráveis de sua vida. Ela ajuda a parturiente a encontrar posições mais confortáveis para o trabalho de parto e parto, mostra formas eficientes de respiração e propõe medidas naturais que podem aliviar as dores, como banhos, massagens, relaxamento, etc.. No parto cesáreo, a Doula também se faz importante, pois continua dando apoio, conforto e ajudando a mulher a relaxar durante a cirurgia

Após o parto: ela faz visitas à nova família, oferecendo apoio para o período de pós-parto, especialmente em relação à amamentação e cuidados com o bebê.

Klaus e Kennel publicaram em 1993 em “Mothering the mother“, um estudo  onde apontaram os resultados globais da presença da doula no trabalho de parto e parto, como pode ser visto abaixo:

•        Redução de 50% nos índices de cesarian
•        Redução de 25% na duração do trabalho de parto
•        Redução de 60% nos pedidos de analgesia peridural
•        Redução de 30% no uso de analgesia peridural
•        Redução de 40% no uso de ocitocina
•        Redução de 40% no uso de fórceps
Outros estudos também mostram claramente que a presença da doula no pré-parto e parto trazem benefícios de ordem emocional e psicológica para mãe e bebê, incluindo resultados positivos nas 4ª a 8ª semanas após o parto:

•        Aumento no sucesso da amamentação
•        Interação satisfatória entre mãe e bebê
•        Satisfação com a experiência do parto
•        Redução da incidência de depressão pós-parto
•        Diminuição nos estados de ansiedade e baixa auto-estima


Pesquisas realizadas na última década, ainda demonstraram que, sob a supervisão de uma doula, o parto evolui com maior tranqüilidade e rapidez e com menos dor e complicações tanto maternas como fetais. Com a difusão da nova profissão, poderá também ocorrer uma substancial redução de custos para os sistemas de saúde, graças à redução do número de intervenções médicas e do tempo de internação de mães e bebês.


"Doulas são amortecedores afetivos. Funcionam para proteger as pacientes das inúmeras provas, dúvidas, angústias, às quais ela é submetida durante o nascimento de uma criança. (…) O nascimento humano provoca uma gama de sentimentos que normalmente não experimentamos no nosso dia-a-dia. É um momento muito mágico e muito poderoso. Por isso, as pessoas que estão presentes neste momento, são imanadas de uma energia muito especial, que impregna seus corpos e almas com uma luminosidade lilás e brilhante. As doulas, mulheres como as parturientes, são abençoadas com a dádiva da cumplicidade, e recebem como prémio a gratidão eterna." Dr. Ricardo Herbert Jones (obstetra brasileiro e coordenador da Rede para a Humanização do Nascimento (ReHuNa) no Brasil.)

E para completar, um vídeo que adoro:

segunda-feira, 14 de outubro de 2013

Breast Crawl

Daquelas maravilhas que a natureza nos proporciona, hoje resolvi escrever um pouco sobre o breast crawl e publicar para vocês um vídeo que mostra o bebê “engatinhando” até o peito da mãe nos seus primeirissimos minutos de vida rumo a sua primeira mamada.

O breast crawl é a primeira mamada do bebê recém-nascido, um momento único e especial, em que o bebê é colocado no abdômem da mãe (antes mesmodo do cordão umbilical ser cortado) e vai sozinho “encontrar” o seio da mãe para então começar o seu percurso de amamentação.

Esse momento é de extrema importância para a formação física e mental da criança e proporciona grandes benefícios para a mãe. A criança, de fato, recebida com amor pelos braços da mãe, vai se sentir confortada e menos deslocada neste novo mundo, desenvolvendo  uma forte ligação com a mãe e fomentando o desenvolvimento do seu sistema nervoso. Com a amamentação, o bebê terá a oportunidade de assumir o colostro cheio de anticorpos, e receberá as bactérias úteis na flora bacteriana da mãe, tendo assim uma proteção importante contra infecções e doenças. Mas não apenas, pois os açúcares e outros parâmetros bioquímicos, serão incorporados já na primeira hora após o nascimento, em melhores níveis. A criança também irá desenvolver imediatamente as suas habilidades nutricionais, favorecendo, assim, o mecônio (ou seja, a expulsão das primeiras fezes). E por último, mas não menos importante, diminuirá a normal icterícia neonatal, mantendo a justa temperatura do corpo. Em relação a mãe, os benefícios do breast crawl também são imediatos, pois a contração do útero é favorecida, tornando ainda mais rápida a expulsão da placenta e consequentemente diminuindo a perda de sangue e prevenindo o risco de anemia.

É ou não é uma maravilha?


Lembrando que a UNICEF, OMS e WABA junto com a comunidade científica, recomendam, fortemente, que a amamentação seja iniciada na primeira meia hora após o nascimento do bebê. Evidências mostram que o início da amamentação o mais cedo possível, pode prevenir 22% das mortes entre bebês menores de um mês de vida em países em desenvolvimento.

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quarta-feira, 9 de outubro de 2013

Leia para uma criança – Campanha Itaú 2013

Pesquisas do mundo todo mostram que a criança que lê e tem contato com a literatura desde cedo, principalmente se for com o acompanhamento dos pais, é beneficiada em diversos sentidos: ela aprende melhor, pronuncia melhor as palavras e se comunica melhor de forma geral. A literatura infantil é um caminho que leva a criança a desenvolver a imaginação, emoções e sentimentos de forma prazerosa e significativa.

Pensando nisso, todos os anos o Banco Itaú lança uma campanha (super fácil de participar) com a qual manda uma coleção de livros diretamente às nossas casas! Basta completar o cadastro no link a seguir e esperar! Eu tenho os livros do ano passado e são uma graça.


Participe você também.



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segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Teoria da Extero-Gestação – PARTE II

Os 5 métodos para acalmar um bebê de até 3 meses de idade são extremamente eficazes SOMENTE quando executados corretamente. Sem a técnica correta e o vigor necessário, não adiantam em nada.


1. Pacotinho ou casulo (embrulhar o bebê apertadinho)

A pele é o maior órgão do corpo humano e o toque é o mais calmante dos cinco sentidos. Embrulhadinho, o bebê recebe um carinho suave. Bebês alimentados, mas nunca tocados, freqüentemente adoecem e morrem. Estar embrulhadinho não é tão bom quanto estar no colo da mãe, mas é um ótimo substituto para quando a mãe não está por perto.

Bebês podem ser embrulhados assim que nascem. Apertadinhos, de forma que não mexam os braços. Eles se sentem confortáveis, “de volta ao útero”. Bebês mais agitados precisam mais de ser embrulhados, outros são tão calmos que não precisam.

Se o bebê tem dificuldade para pegar no sono, pode ser embrulhado apertadinho, não é seguro colocar um bebê para dormir com um cueiro solto. Não permita que o cueiro encoste no rosto do bebê. Se estiver encostando, o bebê vai virar o rosto procurando o peito, ao invés de relaxar.

Todos os bebês precisam de tempo para espreguiçar, tomar banho, ganhar uma massagem. 12-20 horas por dia embrulhadinho não é muito para um bebê que passava 24 horas por dia apertadinho no útero. Depois de 1 ou 2 meses, você pode reduzir o tempo, principalmente com bebês tranqüilos e calmos.

2. Posição de Lado

Quanto mais nervoso seu bebê estiver, pior ele fica quando colocado sobre as costas. Antes de nascer, seu bebê nunca ficou deitado de costas. Ele passava a maior parte do tempo na posição fetal: cabeça para baixo, coluna encolhida, joelhos contra a barriga. Até adultos, quando em perigo, inconscientemente escolhem esta posição.

Segurar o bebê de lado ou com a barriga tocando os braços do adulto ajuda a acalmá-lo (a cabeça fica na mão do adulto, o bumbum encostado na dobra do cotovelo do adulto, com braços e pernas livres, pendurados). Carregar o bebê num sling, com a coluna curvada, encolhidinho e virado de lado, tem o mesmo efeito. Atualmente especialistas são unânimes em dizer que bebês NÃO DEVEM SER POSTOS PARA DORMIR DE BRUÇOS, pelo risco de morte súbita.

O bebê não sente falta de ficar de cabeça para baixo, como no útero, porque na verdade o útero é cheio de fluido e o bebê flutua, como se não tivesse peso algum. Do lado de fora, sem poder flutuar, virado de cabeça para baixo, a pressão do sangue na cabeça é desconfortável.

3. Shhhh Shhhh – O som favorito do bebê

O som “shhh shhh” é parte de quem somos, tanto que até adultos acham o som das ondas do mar relaxante. Para bebês novinhos, “shhh” é o som do silêncio. Ele estava acostumado a ouvir tal som 24 horas por dia, tão alto quanto um aspirador de pó. Imagine o choque de um bebê acostumado a tal som o tempo todo chegando a um mundo onde as pessoas cochicham e caminham na ponta dos pés, tentando fazer silêncio!

Coloque sua boca 10-20 cm de distância dos ouvidos do bebê e faça “shhh”, “shhh”. Aumente o volume do “shh” até ficar tão alto quanto o choro do bebê. Pode parecer rude tentar “calar” um bebê choroso fazendo “shh”, mas para o bebê, é o som do que lhe é familiar.

Na primeira vez fazendo “shhh”, seu bebê deve calar após uns 2 minutos. Com a prática, você será capaz de acalmar o bebê em poucos segundos. É ótimo ensinar isso aos irmãos mais velhos, que adorarão poder ajudar e acalmar o bebê.

Para substituir o “shhh”, pode-se ligar:

- secador de cabelos ou aspirador de pó

- som de ventilador ou exaustor

- som de água corrente

- um CD com som de ondas do mar

- um brinquedo que tenha sons de batimentos cardíacos

- rádio fora de estação ou babá eletrônica fora de sintonia

- secadora de roupas ligada com uma bola de tênis dentro

- máquina de lavar louças

O barulho do carro ligado também acalma a criança.

4. Balanço

“A vida era tão rica no útero. Rica em sons e barulhos. Mas a maior parte era movimento. Movimento contínuo. Quando a mãe senta, levanta, caminha e vira o corpo – movimento, movimento, movimento.” (Frederick Leboyer, Loving Hands)

Quando pensamos nos 5 sentidos – visão, audição, tato, paladar e olfato – geralmente esquecemos o sexto sentido. Não é intuição, mas a sensação de movimento no espaço.

Movimento rítmico ou balanço é uma forma poderosa de acalmar bebês (e adultos). Isso porque o balanço imita o movimento que o bebê sentia no útero materno e ativa as sensações de “movimento” dentro dos ouvidos, que por sua vez ativam o reflexo de acalmar.

Como balançar ?

1. Carregando o bebê num “sling” ou canguru;

2. Dançando (movimentos de cima para baixo);

3. Colocando o bebê num balanço;

4. Dando tapinhas rítmicos no bumbum ou nas costas;

5. Colocando o bebê na rede;

6. Balançando numa cadeira de balanço;

7. Passeando de carro;

8. Colocando o bebê em cadeirinhas vibratórias (próprias para isso);

9. Sentando com o bebê numa bola inflável de ginástica e balançando de cima para baixo com ele no colo;

10. Caminhando bem rapidamente com o bebê no colo.

Quando balançar o bebê, seus movimentos devem rápidos mas curtos. A cabeça do bebê não fica sacudindo freneticamente. A cabeça move no máximo 2-5 cm de um lado para o outro. A cabeça está sempre alinhada com o corpo e não há perigo de o corpo mover-se numa direção e cabeça abruptamente ir na direção oposta.

5. Sucção

No útero, o bebê está apertadinho, com as mãos sempre próximas ao rosto, sugando os dedos com freqüência. Quando nasce, não mais consegue levar as mãos à boca. A sucção não-nutritiva é outra forma de acalmar o bebê. A amamentação em livre demanda não é recomendada somente para garantir a nutrição do bebê e a produção de leite da mãe, mas também para suprir a necessidade de sucção não-nutritiva. Alguns especialistas orientam às mães a darem chupetas para isso, mas ainda que a chupeta seja oferecida ao bebê, não deve ser introduzida nas 6 primeiras semanas de vida, quando a amamentação ainda está sendo estabelecida. Há sempre o risco de haver confusão de bicos e o bebê sugar o seio incorretamente.

É importante lembrar que o bebê nunca chora à toa. O choro nos primeiros meses de vida é a única forma de comunicar que algo está errado. Ainda que ele esteja limpo e bem alimentado, muitas vezes chora por necessidade de aconchego e calor humano. Por isso, falar que bebê novinho (recém nascido até 3 meses ou mais) faz manha (no sentido de chorar para manipular “negativamente” os pais) não tem sentido, bebês novinhos simplesmente não tem maturidade neurológica para tanto.

Bibliografia:

The Happiest Baby on the Block, Dr. Harvey Karp, Bantam Dell, 2002. New York.

Our Babies, Ourselves: How Biology and Culture Shape the Way We Parent, Meredith F. Small, Anchor Books, 1998. New York.


Texto organizado por Flavia O. Mandic


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terça-feira, 24 de setembro de 2013

Teoria da Extero-Gestação – PARTE I

Os bebês humanos estão entre os mais indefesos de todos os mamíferos. Por causa do maior tamanho do cérebro e do fato de que o tecido nervoso necessita de mais calorias para se manter que qualquer outro, grande parte do alimento ingerido é gasto em prover nutrição e calor para as células nervosas. Mais significante é o fato de que nossos bebês necessitam nascer mais cedo do que deveriam, com seus cérebros ainda não totalmente desenvolvidos. Se o bebê humano nascesse já com o sistema nervoso central amadurecido, sua cabeça não passaria pela pelve estreita da mãe no momento do parto. Ao contrário de outros mamíferos, como girafas e cavalos, o recém-nascido humano é incapaz de andar por um longo período após o nascimento, porque lhe falta o aparato neurológico maduro para tanto. O custo primal de ter um cérebro grande é que nossos filhotes nascem extremamente dependentes e em necessidade constante de cuidado. O crescimento do nosso cérebro após o nascimento é mais rápido do que o de qualquer outro mamífero e segue neste ritmo por 12 meses. A seleção natural demanda que pais humanos cuidem de seus filhos por um longo período e que os filhos dependam dos pais. Esta necessidade mútua traduz-se em um estado emocional chamado “apego”.

Em algumas culturas, como na tribo "!Kung", bebês raramente choram por longos períodos e não há sequer uma palavra que signifique “cólica”. As mães carregam os bebês junto ao corpo, com um aparato semelhante a um “sling”, mesmo quando saem para a colheita. A relação mãe-bebê é considerada sacrossanta, eles permanecem juntos o tempo todo. O bebê tem livre acesso ao seio materno e vê o mundo do mesmo ponto de observação que sua mãe.

Nossa cultura ocidental não permite um estilo de vida idêntico ao de tribos primitivas, mas podemos tirar lições valiosas sobre como ajudar nossos bebês na adaptação à vida extra-uterina. Nos primeiros 3 meses de vida, o bebê humano é tão imaturo que seria benéfico a ele voltar ao útero sempre que a vida aqui fora estivesse difícil. É preciso compreender o que o bebê tinha à sua disposição antes do nascimento, para saber como reproduzir as condições intrauterinas. O bebê no útero fica apertadinho, na posição fetal, envolvido por uma parede uterina morninha, sendo balançado para frente e para trás a maior parte do tempo. Ele também estava ouvindo constantemente um barulho “shhhh shhhh”, mais alto que o de um aspirador de pó (o coração e os intestinos da mãe). A reprodução das condições do ambiente uterino leva a uma resposta neurológica profunda “o reflexo calmante”. Quando aplicados corretamente, os sons e sensações do útero têm um efeito tão poderoso que podem relaxar um bebê no meio de uma crise de choro.

No próximo post: Os 5 métodos para acalmar um bebê de até 3 meses de idade.

Bibliografia:

The Happiest Baby on the Block, Dr. Harvey Karp, Bantam Dell, 2002. New York.
Our Babies, Ourselves: How Biology and Culture Shape the Way We Parent, Meredith F. Small, Anchor Books, 1998. New York.

Texto organizado por Flavia O. Mandic

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quarta-feira, 11 de setembro de 2013

Vídeo – Parto domiciliar

Um emocionante vídeo que retrata a magia de um parto domiciliar. “O parto domiciliar é a melhor opção para quem quer fugir do modelo tecnocrático de atendimento à parturiente. É o mais indicado para aquela que quer se sentir dona de seu parto e que acretida que seu corpo foi "desenhado" entre outras coisas para gerar e parir um bebê com naturalidade e desenvoltura.” (Marilia Largura)


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sábado, 7 de setembro de 2013

Alimentos de A a Z – B de, brócolis

Rico de minerais como o cálcio, potássio, ferro, zinco e sódio e composto por diversas vitaminas, como A, C, B1, B2, B6, K, bem como fibra alimentar, o brócolis é considerado um super alimento e de pouquíssimas calorias (100 gramas possuem aproximadamente 36 kcal). Isso faz dele um ótimo protetor contra a baixa imunidade, infecções, doenças cardiovasculares, anemias, doenças dos olhos e até o envelhecimento da pele. Também é essencial para a manutenção do peso, para o fortalecimento dos ossos e dentes, para regular a pressão sanguínea, ajuda a manter a elasticidade dos tecidos, auxilia no bom funcionamento do sistema nervoso central, garante energia e disposição. Tanto as folhas, como as flores e os pedúnculos florais dos brócolis podem ser consumidos e destacam-se como sendo poderosas fontes de nutrientes. Quando cozidos em excesso os brócolis perdem grande parte de seus nutrientes e sua textura também é alterada. O ideal é cozinhá-los em vapor ou em panela tampada contendo pouca água, por pouco tempo.




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quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Vacinação contra o HPV

Alguns meses atrás o Ministério da Saúde divulgou que a vacina contra o HPV vai entrar no calendário nacional de vacinação, meninas entre 11 e 13 anos devem receber a primeira das três doses em 2013. O mesmo acontece aqui na Itália e em outros países pelo mundo. E a mídia divulga: É a primeira vez que a população terá acesso gratuito a uma vacina que protege contra o câncer.

Mas, será que nossos governos são assim tão bonzinhos mesmo ou ... (cada um completa a frase como achar melhor)...

A discussão em relação as vacinas, o “vacinar ou não vacinar” tem crescido muito nos últimos anos, tanto é que o governo de muitos países já não considera o ato de vacinar obrigatório. O assunto é interessante, complexo e dá muito, muito pano pra manga. Mas falando especificamente da vacina contra o HPV: por que nossas meninas devem ser cobaias do sistema? Para refletirmos um pouco seguem algumas informações do livro “Vaccinare contro il Papillomavirus? Quello che dobbiamo sapere prima di decidere” (Edizioni Salus Infirmorum, Padova, 2009). Traduzido: “Vacinar contra o papilomavírus? O que precisamos  saber antes de decidir.”


“De acordo com os princípios da farmacologia, um medicamento como a vacina contra o HPV não deveria ser comercializado, pelo menos enquanto não há dados concretos disponíveis sobre a relação real risco / benefício e, portanto, não antes de 15 anos. (Essas regras não existem mais, pois foram suplantadas pelas leis econômicas e pelos interesses do lobby farmacêutico). A vacina contra o HPV (seja a  bivalente ou tetravalente) estimula o sistema imunitário a formar anticorpos contra 2 dos 12 tipos de HPV potencialmente cancerígenos. São os dois tipos mais frequentes, mas são apenas 2, e assim, o efeito protetor da vacina (mesmo que fosse 100%  para esses 2  tipos) seria ainda, de 0% para todos os outros 10 tipos. Além disso, o HPV emprega mais de 20 anos para passar de tumor benigno (displasia) para tumor maligno, e dado que os testes desta vacina só começaram há 5 anos atrás, temos que esperar mais 15 anos para descobrir se a vacina protege efetivamente esses 2  tipos.”


O texto no site http://www.informasalus.it/it/articoli/sos-genitori-papilloma.php, é bem completo. Mas acredito que os dados acima bastem para uma boa reflexão.

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quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Parto no mar

Hoje está rolando na internet o trabalho realizado pelo russo Vladimir Bagrianski que registrou a gravidez e o nascimento de seus filhos no mar. As fotos são emocionantes, e achei que valia muito a pena compartilhar.


* o link é do site hypeness que eu sigo e adoro.


Como curiosidade: você sabia que o russo Igor Tcharkowsky (fisioterapeuta, psicoterapeuta e obstetra) foi o precursor do método do parto na água, em 1963?  Educado na natureza dos bosques da Sibéria, Igor também estudou terapias naturais na Ásia. Ele pregava que a verdadeira função de uma mulher durante a gestação era viver essa fase de sua vida rodeando-se de bons pensamentos, coisas belas, sons e aromas suaves. E, defendia a importância de estabelecer vínculos com o bebê com conversas, demonstrações de afeto e com uma estreita relação com o mar. O parto na água se popularizou, mas o parto no mar gerou polêmica e adeptos, como foi o caso da família Bagrianski.

sexta-feira, 23 de agosto de 2013

Alimentos de A a Z

Existem alguns alimentos que são simplesmente ignorados na hora das compras, seja por que ninguém em casa gosta muito, ou por que você nunca sabe quando e como usá-los. Mas então um dia você resolve pesquisar sobre as propriedades desses alimentos e descobre que está perdendo um monte de coisas boas. Por isso, resolvi escrever sobre os benefícios de alguns alimentos. Os posts se chamarão sempre “Alimentos de A a Z” sempre com uma nova letra/ alimento e suas características. Não pretendo seguir certinho a ordem alfabética, mas como hoje é o primeiro começarei com a letra “A”.

A de, azeitona.

A azeitona possui um óleo que é rico em ácidos graxos insaturados, excelente para aumentor o bom colesterol no organismo. Ela possui ainda, ferro, zinco, potássio, silício, vitamina E, C, A, B1 e B2 e um pouco de fibra. É um alimento muito calórico, sendo que 100 gramas de azeitona possui, em média, cerca de 145 calorias. Desempenha um papel decisivo na prevenção de doenças cardiovasculares, na proteção da pele, na estimulação das funções do fígado e bílis e controle do colesterol ruim. É considerada um remédio na cura e tratamento de constipação, colite, e até  mesmo do inchaço doloroso. Só atenção com as azeitonas em conserva, elas contém muito sal e podem ser prejudicial para quem tem pressão alta.


Se você tem curiosidade sobre algum alimento, ou alguma informação para compartilhar, participe!

quinta-feira, 1 de agosto de 2013

Semana Mundial de Aleitamento Materno – SMAM

Hoje começa a Semana Mundial de Aleitamento Materno – SMAM. Saiba mais sobre essa ação:

A Semana Mundial de Aleitamento Materno faz parte de uma história mundial focada na Sobrevivência, Proteção e Desenvolvimento da Criança. Desde sua criação em 1948 que a Organização Mundial de Saúde – OMS tem entre suas ações aquelas voltadas a saúde da criança, devido a grande preocupação com a mortalidade infantil. Em 1990, de um encontro organizado pela OMS e UNICEF resultou um documento adotado por organizações governamentais e não governamentais, assim como, por defensores da amamentação de vários países, entre eles o Brasil.

O documento chamado “Declaração de Innocenti” apresentou quatro objetivos operacionais:

• Estabelecer um comitê nacional de coordenação da amamentação;
• Implementar os "10 passos para o sucesso da amamentação" em todas as maternidades;
• Implementar o Código Internacional de Comercialização dos Substitutos do Leite Materno e todas as resoluções relevantes da Assembléia Mundial de Saúde;
• Adotar legislação que proteja a mulher que amamenta no trabalho.

Com o objetivo de seguir os compromissos assumidos pelos países com a assinatura do documento, foi fundada em 1991 a Aliança Mundial de Ação pró-Amamentação – WABA. Essa Organização criou no ano de 1992 a Semana Mundial de Aleitamento Materno, para promover as metas da “Declaração de Innocenti”.A Semana Mundial é considerada como veículo para promoção da amamentação. Ocorre em 120 Países e, oficialmente, é celebrada de 1 a 7 de agosto. A WABA define, a cada ano, o tema a ser trabalhado na Semana, lançando materiais que são traduzidos em 14 idiomas. Entretanto, a data e o tema podem ser adaptados em cada País a fim de que seja obtido mais e melhores resultados do evento.No Brasil, o Ministério da Saúde coordena a Semana Mundial de Aleitamento Materno desde 1999. Sendo responsável pela adaptação do tema para o nosso País e elaboração e distribuição de cartaz e folder. Tem o apoio de Organismos Internacionais, Secretarias de Saúde Estaduais e Municipais, Rede Brasileira de Bancos de Leite Humano, Hospitais Amigos da Criança, Sociedades de Classe e ONGs.

O tema de 2013 no Brasil é “Tão importante quanto amamentar seu bebê é ter alguém que escute você.”





“Uma mãe fora do ninho” apoia o aleitamento materno.

terça-feira, 30 de julho de 2013

Ritalina: o monstro da infância.

Cada dia que passa a minha opinião sobre a indústria farmacêutica (e  de como somos cobaias de uma ganância  desenfreada), fica ainda mais polêmica.... Porém, esse não é um blog de polêmicas e esse foi somente o modo que encontrei para iniciar o post de hoje que é uma sugestão de leitura e reflexão do artigo que fala sobre a “Ritalina: a pílula para uma doença inventada.”

http://portugalmundial.com/2013/07/ritalina-o-monstro-da-infancia/#

"Soa como uma horrível estória de um filme de terror: um psiquiatra norte-americano, internacionalmente famoso, testa em seus pacientes, nos anos 60, diferentes remédios psicotrópicos com a intenção de acalmar as crianças. Quando encontra a pílula adequada com a qual consegue acalmá-las, ele levanta em nome da Organização Mundial da Saúde a agitação das crianças como uma nova doença. Uma nova fonte de renda da rede mundial da indústria médica e farmacêutica. Milhões de jovens em todo o mundo tomam a ritalina há décadas, porque eles teriam a suposta TDAH (Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade).
Como a indústria farmacêutica destrói premeditadamente as nossas crianças…
A doença chama-se TDAH. O gigante farmacêutico e outros faturaram bilhões nas últimas décadas com o uso da ritalina. O citado neurologista norte-americano leva o nome de Leon Eisenberg. Todavia a verdade sempre vem à tona, mesmo se às vezes demore um pouco mais. Pouco antes de sua morte em 2009, o médico de 89 anos revelou o embuste: nunca ele havia imaginado que sua descoberta tornar-se-ia tão popular, declarou ele em um artigo.“TDAH é um exemplo marcante para uma doença fabricada!”
Uma doença fabricada. Isso também foi comprovado por uma recente notícia da semana passada: Diante do dramático aumento dos casos de diagnóstico de TDAH (um aumento de cerca de 400 vezes entre 1989 e 2001), os pesquisadores são agora unânimes: TDAH é estampada – precipitadamente – como espada de Dâmocles para a vivacidade das crianças. Os meninos caem com mais frequência na armadilha. Tudo deve estar em ordem para o cartel farmacêutico. Entrementes, esta “doença fabricada” manifestou-se mundialmente como transtorno psíquico. Uma injustiça, como cada vez mais vem à luz do dia: aquilo, que é conhecido como TDAH ou TODA (síndrome de déficit de atenção) e supostamente condicionada à herança genética, baseia-se, de fato, frequentemente em diversos motivos e tem pouco a ver com um verdadeiro quadro de doença psíquica, como me explicou há alguns anos o antigo chefe da psiquiatria para crianças e jovens da Uniklinik Eppendorf, o falecido Prof. Dr. Peter Riedesser: frequentemente problemas familiares têm um papel importante, que devem ser investigados, além disso, a maioria dos atingidos são garotos, o que também está relacionado com o fato destes não raramente terem um temperamento mais desenfreado do que as garotas. Mas em relação às meninas, a maioria das afirmações tendem para o códex comportamental, assim como para as instituições de acolhimento dos jovens, como também nas escolas. Basta os garotos brincarem como selvagens para que eles mereçam rapidamente a atenção. Na realidade, a TDAH é um problema dos incompreendidos jovens da atualidade. Um exemplo:
Quando eu vi há alguns anos a mãe de um garoto vizinho chorando, eu perguntei a ela o que estava acontecendo. Ela respondeu que a instrutora do jardim da infância havia lhe participado que seu filho tinha a TDAH, a assim chamada Síndrome de Zappelphilipp, e que a criança teria que tomar o forte remédio Ritalina. Afinal, o garoto era hiperativo. Eu fiquei pasma, pois, a meu ver, isso era inimaginável, o menino não tinha um comportamento alterado, nem era hiperativo, mas sim deixava uma impressão saudável de grande vivacidade. Como a instrutora do jardim de infância sabia exatamente qual era o problema, eu perguntei à mulher, pois ela não era nem psicóloga nem médica. A minha vizinha respondeu que a instrutora havia participado em um curso noturno exatamente sobre este tema.
Felizmente consegui telefonar imediatamente para o Prof. Riedesser e reportei-lhe o caso. O médico chamou o garoto e o examinou minuciosamente. Diagnose: a criança era completamente normal. O que eu não sabia até então: a indústria farmacêutica formava há muito tempo educadores e professores de jardim de infância e escolas, a fim de que eles tivessem uma “visão exata” sobre crianças com grande vivacidade, e cujos pais seriam informados sobre o perigoso diagnóstico e fossem informados a respeito do adequado medicamento.
E aqui devemos saber: a ritalina não é um comprimido qualquer, mas sim algo “barra pesada”: ela contém metilfenidato e atua nos neurotransmissores cerebrais, exatamente onde a concentração e os movimentos são controlados. E o que ainda é fatal: o efeito do metilfenidato nas pessoas está longe de ser completamente pesquisado. Nada se sabe sobre suas consequências nas próximas gerações; perigosas doenças como Parkinson devem estar relacionadas, por exemplo, com o uso da ritalina. Os efeitos colaterais do pequeno comprimido branco vão desde a falta de apetite e insônia, desde estados de medo, tensão e pânico até crescimento reduzido. Além disso: ritalina é um psicofármaco e faz parte do grupo dos anestésicos, assim como a cocaína e a morfina. Todavia, como já dito, é receitado a crianças pequenas, frequentemente por vários anos. Porém, a “doença” não é curada através da ritalina: assim que a aplicação do medicamento é suspensa, os sintomas reaparecem imediatamente.
A ritalina é uma pílula contra uma doença inventada, contra uma doença, ser um jovem “difícil”, lê-se no Deutscher Apotheker Zeitung (publicação dirigida às farmácias – NT). E o inventor da TDAH, o várias vezes condecorado neurologista norte-americano Eisenberg, declarou consternado no fim da vida: “A pré-disposição genética para TDAH é completamente superestimada”. Ao contrário disso, os psiquiatras infantis deveriam pesquisar com muito mais carinho os motivos psicossociais, que podem levar a desvios de comportamento, declarou Eisenberg ao jornalista científico e autor de livros, Jörg Blech, conhecido pela sua ampla crítica à indústria farmacêutica e seu livro Die Krankheitserfinder (Os inventores de doença – NT). Reconhecimento tardio, muito tarde, mais do que tarde!
Arrependido, Eisenberg afirmou antes de morrer onde poderiam ser encontradas as causas, e elas deveriam ser examinadas com maior afinco ao invés de se lançar mão logo de imediato do remédio: há disputas entre os pais, mãe e pai moram juntos, existem problemas na família? Estas perguntas são importantes, mas elas tomam muito tempo, citando Eisenberg, o qual, suspirando, acrescentaria: “Um remédio é indicado rapidamente.”
“Nossos sistemas estão se tornando desagradáveis aos jovens”, afirma também o professor para pesquisa de abastecimento farmacêutico da Universidade de Bremen, Gerd Glaeske. Jovens querem viver com mais riscos e experimentar. Mas lhes falta o necessário espaço livre. Jovens tentam ultrapassar os limites, isso chama a atenção em nosso sistema. “Quando alguém diz que os jovens atrapalham, também devemos conversar sobre aqueles que se sentem incomodados”, declarou o professor.
O FAZ escreveu a 12 de fevereiro de 2012 que o diagnóstico TDAH aumentará diante da declaração do fracasso escolar e, mundo afora, apenas a Novartis faturará 464 milhões de dólares com o comprimido, que torna o jovem “liso, sociável e quieto”. Há 20 anos, 34 quilos de metilfenidato foram prescritos pelos médicos – hoje são 1,8 toneladas. Em todo o mundo, cerca de dez milhões de crianças devem receber a prescrição para tomar ritalina, na Alemanha devem ser cerca de 700.000.
A comissão ética da Suíça na área de medicina humana, NEK, desferiu uma nota bastante crítica em novembro de 2011 diante o uso do medicamento ritalina usado contra TDAH: o comportamento da criança é influenciado através da química, sem que seja necessário qualquer esforço próprio.

Isso é uma agressão à liberdade e personalidade da criança, pois compostos químicos causam certas mudanças comportamentais, mas que as crianças não aprendem sob a ação de drogas químicas, como poderiam mudar de hábito por si próprias. Com isso lhes é subtraída uma importante experiência de aprendizado para atuação com responsabilidade própria e respeito alheio, “a liberdade da criança é sensivelmente reduzida e limita-se o desenvolvimento de sua personalidade”, critica o NEK. Sobre as consequências para a saúde através da ingestão de psicofármacos, nada é declarado."

segunda-feira, 29 de julho de 2013

Filme "O Renascimento do Parto"

“Qual o futuro de uma humanidade nascida por *cesarianas ou por ocitocina sintética? (Michel Odent – Médico Obstetra)”
*desnecessárias

Acaba de ser concluído o primeiro filme brasileiro sobre o parto humanizado, com um forte retrato da realidade obstétrica no Brasil. O filme O Renascimento do Parto, de Eduardo Chauvet e Erica de Paula, é um documentário independente, que chega às telonas em agosto de 2013 e deve emocionar com seus tocantes depoimentos e cenas. Partindo da premissa que o Brasil carrega a liderança no ranking mundial das cesarianas – com quase 90% de partos cirúrgicos nas maternidades particulares, contra o índice de 15% indicado pela Organização Mundial da Saúde –, os produtores percorrem o Brasil de norte a sul, das regiões mais pobres às mais ricas, para ver e entender a forma de nascer que praticamos. Mais do que informações técnicas, combinadas à palavra de especialistas e depoimentos de mães, o que o público pode esperar ao assistir o Renascimento do Parto é ser tocado pela beleza e pela simplicidade do início da vida. Ainda que optar pelo método mais natural seja muito polêmico, frente ao avanço da medicina e aos medos tão comuns às mulheres grávidas, que a maioria das brasileiras prefere não enfrentar.

Assista ao trailer oficial:




Estou super curiosa para assistir! Para as seguidoras que moram no Brasil e que com certeza poderão assistir antes de mim, lembre de comentar aqui o que achou do filme.

domingo, 21 de julho de 2013

Parto de Lótus

Que ser mãe é passar por várias mudanças, é aprender um monte de coisas, é virar a vida de pernas para o ar (no bom sentido)....isso todas sabemos. Mas o que muitas de nós não sabemos antes de ter um filho (a não ser que você seja uma médica ou uma profissional da saúde) é que as descobertas vão muito além do “cuidar e criar um filho”. Aos poucos você começa a conhecer coisas que nem imaginava que também poderiam fazer parte desse processo: o “famoso” parto humanizado, a possibilidade de um parto em casa, o lotus birth, a possibilidade de não vacinar a criança.... E a lista não deve mais ter fim.

Entre todas essas “novidades” na vida de uma mãe, hoje resolvi escrever sobre o “lotus birth” ou “parto de lótus”. O Parto de Lótus é um processo de nascimento em que o cordão umbilical não é cortado no momento do parto,  mas o bebê continua ligado a sua placenta.  Alguns dias após o nascimento (de 2 a 10 dias) o cordão se separa em modo natural do umbigo do recém-nascido. O desprendimento ocorre quando bebê e placenta realmente concluiram o seu relacionamento e decidem que é hora da separação.

Esse ritual, antes de 1974, havia sido descrito apenas em chimpanzés. Foi quando Clair; Lotus (grávida e vivendo na Califórnia) começou a questionar o corte do cordão umbilical. Sua pesquisa levou-a atá a  um obstetra que era simpático aos seus desejos, e então seu filho Trimurti, nasceu no hospital  e foi levado para casa com o cordão sem cortes. E assim, o Parto de Lótus foi nomeado e semeado por Clair de Jeannine Parvati Baker nos EUA e Rachana Shivam na Austrália. E ambas têm sido fortes defensores desta prática.

Desde 1974, muitos bebês já nasceram dessa forma, incluindo os bebês nascidos em casa e no hospital, na terra e na água, e até mesmo por cesarianas. O Parto de Lótus é uma extensão do belo e lógico do parto natural, e nos convida a recuperar o estágio chamado terceiro nascimento, e honrar a placenta, primeira fonte de alimentação para o nosso bebê.  

Para ficar ainda mais clara a cultura do Parto de Lótus, leia abaixo o texto extrato do livro ” Lotus Birth” – de Shivam Rachana:

"Crianças nascidas através do parto de Lótus recebem todo o valiosíssimo sangue do cordão umbilical presente no momento do nascimento. Com o peso equivalente a cerca de 1/3 do suprimento total de sangue do recém-nascido, o sangue desse cordão, que é de fato o depósito de sangue da placenta do bebê , é rico e único, contendo células-tronco, ferro, oxigênio, hormônios e enzimas. Esse sangue é para garantir aos órgãos vitais do bebê a quantidade total de sangue da placenta necessária para uma ótima saúde neonatal. Após receber a transfusão total do sangue da placenta, o fígado, os rins, o coração, os intestinos, a pele, o aparelho digestivo e o cérebro do bebê estarão repletos desse sangue vital, e funcionarão plenamente, como pretendido pela natureza. Com o cordão ainda preso à placenta, o fígado e os rins imaturos são amparados na eliminação dos excessos do corpo do bebê imediatamente após o nascimento, o que permite a descarga dos hormônios do estresse cortisol e adrenalina. O Parto de Lótus leva em consideração os corpos energéticos sutis: a aura e os chakras, que são devidamente descritos e localizados nos sistemas de saúde orientais como acupuntura e shiatsu. O chackra do umbigo é o principal centro de energia do corpo. O Parto de Lótus não compromete esse chakra , o que, para muitos acarreta enormes benefícios para a saúde futura da criança."


Eu gosto muito da “teoria” do parto de lótus, sinceramente, não sei se já estou preparada para praticá-lo, mas..... quem sabe em um futuro. E você? 

*para incrementar a leitura: 
http://vilamamifera.com/mulheresempoderadas/parto-de-lotus-voce-ja-pensou-sobre-isso/

domingo, 14 de julho de 2013

Tinta caseira

Que tal colocar a criançada para fazer arte sem se preocupar com o material utilizado? A idéia era essa, mas como aqui em casa muitas coisas ainda terminam na boca fiquei com medo de comprar as tintas disponíveis no comércio e então....fiz tinta caseira!!!! Super rápido e fácil.

Abaixo vocês poderão ver a receita e algumas fotos do resultado.

  • 2 xícaras de farinha
  • 2 colheres pequenas de sal
  • 2 ½ xícaras de água fria
  • 2 xícaras de água quente
  • Colorante alimentar

Junte a farinha e o sal com a água fria, e misturar bem. Aos poucos adcione a água quente e então leve ao fogo (mexendo sempre) até que a mistura engrosse dando um ponto como o do molho branco. Depois em potinhos individuais misture o colorante alimentar e a tinta estará pronta. Fácil, não?





Então, mãos à obra e bom divertimento!!!!!

segunda-feira, 24 de junho de 2013

50 coisas para fazer antes dos 12 anos

Alguns meses atrás a National Trust (uma fundação Britânica, fundada em 1895, com o objetivo de defender os lugares históricos e os espaços verdes do Reino Unido), atualizou uma lista das 50 coisas para se fazer antes dos 11 anos e ¾ . Para isso, no ano passado a fundação realizou uma pesquisa sobre os hábitos das crianças de até 12 anos, o que mostrou que a maioria delas passam a maior parte do tempo sentadas em frente à TV ou jogando jogos eletrônicos: menos de uma em cada dez crianças brincam regularmente em lugares abertos – tal número era de uma em cada duas na geração anterior - um terço nunca subiu em uma árvore e não sabe andar de bicicleta, e o número de crianças levadas ao hospital por terem caído da cama é três vezes maior do que aquelas que cairam de uma árvore.

Assim, a National Trust lançou a campanha "50 coisas para fazer antes de você completar 11 anos e três quartos". E, com isso, sugere uma lista de jogos e experiências para fazer ao ar livre, como correr na chuva, empinar uma pipa ou subir em uma árvore, e propõe um desafio para as crianças: que elas realizem todas essas atividades. Tais atividades foram escolhidas a partir de uma lista proposta por um comitê de especialistas e consiste em jogos e brincadeiras que os tinham aproximado ainda mais da natureza quando eles eram crianças.

Depois disso, a National Trust propôs a seguinte lista:

1. Subir em uma árvore
2. Rolar de  uma colina
3. Acampar ao ar livre
4. Construir um refúgio
5. Jogar pedras na água
6. Correre na chuva
7. Empinar pipa
8. Pescar com uma rede
9. Comer uma maçã colhida diretamente da árvore
10. Jogar conkers, (um jogo tradicional Inglês em que um participante possui uma castanha amarrada em uma corda tenta soltar ou deixar cair a castanha do adversário)
11. Fazer um longo passeio de bicicleta
12. Fazer um caminho com paus
13. Fazer uma torta de lama
14. Construir uma barragem em um córrego
15. Brincando na neve
16. Fazer um colar de margaridas
17. Organizar uma corrida de caracóis
18. Criar arte rupestre
19. Brincando com palitos
20. Saltar ondas
21. Comer amoras recolhidas de cardos (http://pt.wikipedia.org/wiki/Cardo)
22. Olhar dentro de uma árvore
23. Visitar uma fazenda
24. Fazer um passeio descalço
25. Apitar usando uma folha de grama
26. Procurar fósseis e ossos
27. Olhar as estrelas
28. Escalar uma enorme colina
29. Explorar uma caverna
30. Segurar um inseto assustador
31. Caçar insetos
32. Procurar ovos de rã
33. Pegar uma folha que cai
34. Perseguir animais silvestres
35. Descubrir que tem em uma lagoa
36. Construir um abrigo para um animal selvagem
37. Observar criaturas estranhas entre as rochas de um lago
38. Criar uma borboleta
39. Perseguir um caranguejo
40. Fazer um passeio no bosque à noite
41. Plantar alguma coisa, cuidar e depois e comê-la
42. Nadar no mar
43. Construir uma jangada
44. Observar as aves
45. Encontrar o seu caminho usando apenas um mapa e uma bússola
46. Escalar nas pedras
47. Cozinhar no acampamento
48. Aprender a cavalgar
49. Jogar geocaching (uma caça ao tesouro com GPS)
50. Fazer canoagem em um rio

Ufa! Lendo essa lista, sinceramente, eu que tenho muitooo mais de 12 anos não devo ter feito nem a metade. E algumas coisas fiz muito depois dos 12 anos. Deve-se dizer também que existem crianças mais propensas a aventura e outras menos (aposto que aquelas que foram escoteiro fizeram quase todas as atividades). Sem falar que depende muito também dos pais que a criança tem, mais ou menos aventureiros.  


Mas essa matéria nos faz pensar que devemos viver mais em contato com a natureza, devemos incutir nas nossas crianças a curiosidade sobre o ambiente que nos rodeia. Considerando-o um amigo vai ser natural para eles tratá-lo com respeito e protegê-lo. Essa lista pode também ser uma oportunidade para os próprios pais de experimentarem pela primeira vez uma aventura e desta vez, com seu filho! Tornando esse momento em uma experiância preciosa para toda a família!

domingo, 23 de junho de 2013

Para refletir

"Prestem atenção ao comportamento das crianças. Vemos nelas o que é natural ao comportamento humano antes que seja sobrecarregado com ideias aprendidas. Bebês muito novos não sabem realmente distinguir uma pessoa da outra. Dão muito mais importância ao sorriso de quem está diante deles do que qualquer outra coisa. Quando começam a crescer, não se interessam muito por diferenças de raça, nacionalidade, religião ou antecedentes familiares. Quando encontram outras crianças, não param para discutir essas coisas: começam logo uma atividade muito mais importante, que é brincar. Isso não é só sentimentalismo. Vejo essa realidade sempre que visito um dos povoados de crianças na Europa, onde inúmeras crianças refugiadas tibetanas têm sido educadas desde a década de 1960. Esses povoados foram fundados com o objetivo de cuidar de crianças órfãs vindas de países em guerra. Para grande surpresa geral, descobriu-se que, apesar de suas diferentes origens, essas crianças Vivem em completa harmonia entre si."


Dalai Lama

sexta-feira, 24 de maio de 2013

Pico ou Surto de Crescimento

E então, aquele bebê que sempre foi tranquilo, que dormia a noite toda e mamava na “hora certa”, de um dia para outro começa a acordar várias vezes durante a noite, fica agitado, quer mamar sem parar..... Socorro! Será que a mãe apertou algum botão errado? Ai mais uma vez as palpiteiras de plantão entram em ação: “o leite tá fraco”, “o leite acabou”, “faz logo uma mamadeira, um cházinho e quem sabe até um pãozinho”..... Calma, antes de se desesperar saiba que seu bebê pode estar passadando por um “pico ou surto de crescimento”. O que não é motivo para mais desespero, basta saber o que é exatamente e como lidar com essa fase que é normalíssima no processo de desenvovimento da criança.

Picos ou surtos de crescimento são períodos em que o bebê aumenta a sua necessidade de ingestão de leite, ou seja, pede para mamar mais vezes e fica mais exigente e agitado. Devido ao seu desenvolvimento, ele vai precisar de mais alimento, e como o leite materno não aumenta automaticamente a sua produção, o bebê precisa mamar mais vezes para receber a quantidade de leite que precisa. A mesma situação também pode acontecer quando ele aprende coisas novas, como virar-se, engatinhar, andar ou falar, afinal, o leite materno também é alimento para o cérebro.

Os períodos mais comuns dos picos de crescimentos são: os primeiros dias de vida do recém-nascido, 7-10 dias, 2-3 semanas, 4-6 semanas, 3 meses, 4 meses, 6 meses e 9 meses. Lembrando é claro, que essas fases podem variar de bebê para bebê. Assim como o tempo que normalmente dura de 2/3 dias pode ser diferente para cada um.

O importante é saber o que fazer durante esses picos. Nestes períodos, o regime de livre demanda torna-se ainda mais importante, pois o bebê precisará receber uma quantidade maior de leite, e para isso,  ele deverá mamar mais vezes. Quanto mais mamar, maior será o estímulo e maior será a sua produção de leite. Só assim o seu corpo poderá adaptar-se às novas necessidades da criança.  Evite qualquer suplemento, pois assim, o bebê não vai estimular o peito tantas vezes e a produção não terá a oportunidade de aumentar e nem de acompanhar o crescimento da criança. Nesta fase, a mãe que amamenta pode sentir mais fome e mais sede e deve satisfazer estas vontades, o que é necessário para o aumento da produção. O contato pele a pele também pode ser uma ajuda, tanto para acalmar o bebê como para aumentar a produção de leite.


Nesses períodos, é comum aparecerem sentimentos não só de amor e magia, mas também de exaustão e estresse em toda família, aproveite qualquer ajuda que seja positiva (marido, avós, amigas, babás) e da mesma maneire se afaste de pessoas que possam causar ainda mais agitação (marido, avós, amigas, babás, rs) procure não se estressar, pois o  bebê sente toda essa ansiedade e agitação, e lembre-se: è somente uma fase!

sábado, 11 de maio de 2013

Feliz Dia das Mães!



Se você fizer uma busca no Google procurando a  “definição de ser mãe” vai encontrar aproximadamente 349.000 resultados. Muito? Não! Pouco, muito pouco para definir um amor infinito. Poderia passar dias lendo, relendo e procurando uma frase, uma música, uma poesia para fazer uma homenagem nesse dia. Então resolvi ser prática e direta, e pedir para que algumas mães e leitoras do blog definissem o que é “ser mãe” para elas. Tenho certeza que qualquer mãe que ler esse post dirá que ser mãe é tudo isso que cada uma definiu e mais 1 milhão de coisas boas, de gigantes emoções, de descobertas e alegrias....  Eu diria ainda que ser mãe é sentir o coração pequeno para tanto amor!

Então desejo que hoje você possa comemorar essa data juntinho dos seus filhos e de sua mãe (presentes fisicamente ou de coração); com muito amor, muita saúde, muita festa, boas energias e quem sabe até um presentinho. Feliz dia das Mães!



"Ser mãe é a maior e melhor oportunidade de ser um ser humano melhor" . Anna Paula, mãe do Oliver de 2 anos e do Benjamin de 20 dias

"Ser mãe é descobrir a cada dia que um amor infinito pode se tornar ainda maior, é fazer de cada momento, único, inigualável e inesquecível por mais simples que possa parecer aos olhos dos outros...” Sélma, mãe da Anna de 1 ano e 8 meses e grávida de 4 meses da Julia


“Me tornar mãe foi a maior riqueza que Deus poderia ter me dado! Quando estou com o meu bebê nos braços me sinto a pessoa mais forte do mundo! Seu cheirinho único, seu choro, seu sorriso, suas descobertas me encantam a cada dia, é um amor sem fim! Mesmo descabelada e com olheiras me sinto a pessoa mais feliz! Eu amo ser mãe do Lorenzo.”  Gisele, mãe do Lorenzo de 8 meses


“Ser mãe é ir além do que está ao nosso alcance pelo bem dos nossos filhos, é amar incondicionalmente, é viver feliz o tempo todo.” Débora, mãe dos gêmeos Otávio e Vitor de  2 anos e 11 meses


“Ser mãe, é ter o coração batendo dentro de outra pessoa. É sentir medo e alegria ao mesmo tempo. Medo do mundo que o nosso pequeno vai conhecer.... e alegria em cada nova descoberta. Ser mãe é aprender a se doar, se dedicar, ser mãe de fato é, a melhor coisa do mundo!” Chris, mãe do Eduardo de 2 anos


“Meu primeiro dia das mães! Nada que eu diga nesse dia conseguirá expressar todo o meu sentimento por ela... todo o meu amor! Sou grata à Deus por ter me permitido conhecer esse amor que de tão lindo e grande chega a doer! Um amor que me ensinou a olhar o mundo de outra forma... Olhar e sentir um amor diferente.. um amor maior e mais bonito pelos meus pais... pelos filhos dos meus amigos e pelos filhos das mamães que nem conhecemos... Ver um noticiário e rezar pela dor das outras pessoas.. pensando.. e se fosse com minha filha? Querer que o mundo fique lindo pra sua filha viver nele da maneira mais feliz possível! Não que antes não desejássemos essas coisas.. mas agora de uma forma muito mais intensa! O maior presente da minha vida! Minhas orações são para ela.. minha vida é para ela! Minha Isabela linda! Maior amor desse mundo! Obrigada por encher minha vida de alegria! Grata e emocionada sempre! Mamãe ama você!!!!” Rosana, mãe da Isabela de 2 meses


“Mãe é de outro mundo. É emocionalmente incorreta: exclusivista, parcial, metida, brigona, insistente, dramática. Chega a ser até corruptível se oferecermos em troca alguma atenção. Sofre no lugar da gente, se preocupa com detalhes e tenta adivinhar todas as nossas vontades, enquanto que o mundo propriamente dito exige eficiência máxima, seleciona os mais bem-dotados e cobra caro pelo seu tempo.... mãe é de graça!" Rosa, mãe do Franco de 1 ano e 7 meses 

“Ser mãe é dar o melhor de si diariamente, para preparar a pessoa mais importante do mundo a seguir uma trilha por si só... mas sempre mostrando o caminho de volta. Em outras palavras, muito mais clichê: a gente cria os filhos para o mundo.” Juliana, mãe da Camila de 14 anos