Cada dia
que passa a minha opinião sobre a indústria farmacêutica (e de como somos cobaias de uma ganância desenfreada), fica ainda mais polêmica....
Porém, esse não é um blog de polêmicas e esse foi somente o modo que encontrei para
iniciar o post de hoje que é uma sugestão de leitura e reflexão do artigo que
fala sobre a “Ritalina: a pílula para uma doença inventada.”
http://portugalmundial.com/2013/07/ritalina-o-monstro-da-infancia/#
"Soa como uma horrível estória de um filme de terror: um
psiquiatra norte-americano, internacionalmente famoso, testa em seus pacientes,
nos anos 60, diferentes remédios psicotrópicos com a intenção de acalmar as
crianças. Quando encontra a pílula adequada com a qual consegue acalmá-las, ele
levanta em nome da Organização Mundial da Saúde a agitação das crianças como
uma nova doença. Uma nova fonte de renda da rede mundial da indústria médica e
farmacêutica. Milhões de jovens em todo o mundo tomam a ritalina há décadas,
porque eles teriam a suposta TDAH (Transtorno do Déficit de Atenção com
Hiperatividade).
Como a
indústria farmacêutica destrói premeditadamente as nossas crianças…
A doença
chama-se TDAH. O gigante farmacêutico e outros faturaram bilhões nas últimas
décadas com o uso da ritalina. O citado neurologista norte-americano leva o
nome de Leon Eisenberg. Todavia a verdade sempre vem à tona, mesmo se às vezes
demore um pouco mais. Pouco antes de sua morte em 2009, o médico de 89 anos
revelou o embuste: nunca ele havia imaginado que sua descoberta tornar-se-ia
tão popular, declarou ele em um artigo.“TDAH é um exemplo marcante para uma
doença fabricada!”
Uma doença
fabricada. Isso também foi comprovado por uma recente notícia da semana
passada: Diante do dramático aumento dos casos de diagnóstico de TDAH (um
aumento de cerca de 400 vezes entre 1989 e 2001), os pesquisadores são agora
unânimes: TDAH é estampada – precipitadamente – como espada de Dâmocles para a
vivacidade das crianças. Os meninos caem com mais frequência na armadilha. Tudo
deve estar em ordem para o cartel farmacêutico. Entrementes, esta “doença
fabricada” manifestou-se mundialmente como transtorno psíquico. Uma injustiça,
como cada vez mais vem à luz do dia: aquilo, que é conhecido como TDAH ou TODA
(síndrome de déficit de atenção) e supostamente condicionada à herança
genética, baseia-se, de fato, frequentemente em diversos motivos e tem pouco a
ver com um verdadeiro quadro de doença psíquica, como me explicou há alguns
anos o antigo chefe da psiquiatria para crianças e jovens da Uniklinik
Eppendorf, o falecido Prof. Dr. Peter Riedesser: frequentemente problemas
familiares têm um papel importante, que devem ser investigados, além disso, a
maioria dos atingidos são garotos, o que também está relacionado com o fato
destes não raramente terem um temperamento mais desenfreado do que as garotas.
Mas em relação às meninas, a maioria das afirmações tendem para o códex
comportamental, assim como para as instituições de acolhimento dos jovens, como
também nas escolas. Basta os garotos brincarem como selvagens para que eles
mereçam rapidamente a atenção. Na realidade, a TDAH é um problema dos
incompreendidos jovens da atualidade. Um exemplo:
Quando eu vi
há alguns anos a mãe de um garoto vizinho chorando, eu perguntei a ela o que
estava acontecendo. Ela respondeu que a instrutora do jardim da infância havia
lhe participado que seu filho tinha a TDAH, a assim chamada Síndrome de
Zappelphilipp, e que a criança teria que tomar o forte remédio Ritalina. Afinal,
o garoto era hiperativo. Eu fiquei pasma, pois, a meu ver, isso era
inimaginável, o menino não tinha um comportamento alterado, nem era hiperativo,
mas sim deixava uma impressão saudável de grande vivacidade. Como a instrutora
do jardim de infância sabia exatamente qual era o problema, eu perguntei à
mulher, pois ela não era nem psicóloga nem médica. A minha vizinha respondeu
que a instrutora havia participado em um curso noturno exatamente sobre este
tema.
Felizmente
consegui telefonar imediatamente para o Prof. Riedesser e reportei-lhe o caso.
O médico chamou o garoto e o examinou minuciosamente. Diagnose: a criança era
completamente normal. O que eu não sabia até então: a indústria farmacêutica
formava há muito tempo educadores e professores de jardim de infância e
escolas, a fim de que eles tivessem uma “visão exata” sobre crianças com grande
vivacidade, e cujos pais seriam informados sobre o perigoso diagnóstico e
fossem informados a respeito do adequado medicamento.
E aqui
devemos saber: a ritalina não é um comprimido qualquer, mas sim algo “barra
pesada”: ela contém metilfenidato e atua nos neurotransmissores cerebrais,
exatamente onde a concentração e os movimentos são controlados. E o que ainda é
fatal: o efeito do metilfenidato nas pessoas está longe de ser completamente
pesquisado. Nada se sabe sobre suas consequências nas próximas gerações;
perigosas doenças como Parkinson devem estar relacionadas, por exemplo, com o
uso da ritalina. Os efeitos colaterais do pequeno comprimido branco vão desde a
falta de apetite e insônia, desde estados de medo, tensão e pânico até
crescimento reduzido. Além disso: ritalina é um psicofármaco e faz parte do
grupo dos anestésicos, assim como a cocaína e a morfina. Todavia, como já dito,
é receitado a crianças pequenas, frequentemente por vários anos. Porém, a
“doença” não é curada através da ritalina: assim que a aplicação do medicamento
é suspensa, os sintomas reaparecem imediatamente.
A ritalina é
uma pílula contra uma doença inventada, contra uma doença, ser um jovem
“difícil”, lê-se no Deutscher Apotheker Zeitung (publicação dirigida às
farmácias – NT). E o inventor da TDAH, o várias vezes condecorado neurologista
norte-americano Eisenberg, declarou consternado no fim da vida: “A
pré-disposição genética para TDAH é completamente superestimada”. Ao contrário
disso, os psiquiatras infantis deveriam pesquisar com muito mais carinho os
motivos psicossociais, que podem levar a desvios de comportamento, declarou
Eisenberg ao jornalista científico e autor de livros, Jörg Blech, conhecido
pela sua ampla crítica à indústria farmacêutica e seu livro Die
Krankheitserfinder (Os inventores de doença – NT). Reconhecimento tardio, muito
tarde, mais do que tarde!
Arrependido,
Eisenberg afirmou antes de morrer onde poderiam ser encontradas as causas, e
elas deveriam ser examinadas com maior afinco ao invés de se lançar mão logo de
imediato do remédio: há disputas entre os pais, mãe e pai moram juntos, existem
problemas na família? Estas perguntas são importantes, mas elas tomam muito
tempo, citando Eisenberg, o qual, suspirando, acrescentaria: “Um remédio é
indicado rapidamente.”
“Nossos
sistemas estão se tornando desagradáveis aos jovens”, afirma também o professor
para pesquisa de abastecimento farmacêutico da Universidade de Bremen, Gerd
Glaeske. Jovens querem viver com mais riscos e experimentar. Mas lhes falta o
necessário espaço livre. Jovens tentam ultrapassar os limites, isso chama a
atenção em nosso sistema. “Quando alguém diz que os jovens atrapalham, também
devemos conversar sobre aqueles que se sentem incomodados”, declarou o
professor.
O FAZ
escreveu a 12 de fevereiro de 2012 que o diagnóstico TDAH aumentará diante da
declaração do fracasso escolar e, mundo afora, apenas a Novartis faturará 464
milhões de dólares com o comprimido, que torna o jovem “liso, sociável e
quieto”. Há 20 anos, 34 quilos de metilfenidato foram prescritos pelos médicos
– hoje são 1,8 toneladas. Em todo o mundo, cerca de dez milhões de crianças
devem receber a prescrição para tomar ritalina, na Alemanha devem ser cerca de
700.000.
A comissão
ética da Suíça na área de medicina humana, NEK, desferiu uma nota bastante
crítica em novembro de 2011 diante o uso do medicamento ritalina usado contra
TDAH: o comportamento da criança é influenciado através da química, sem que
seja necessário qualquer esforço próprio.
Isso é uma
agressão à liberdade e personalidade da criança, pois compostos químicos causam
certas mudanças comportamentais, mas que as crianças não aprendem sob a ação de
drogas químicas, como poderiam mudar de hábito por si próprias. Com isso lhes é
subtraída uma importante experiência de aprendizado para atuação com
responsabilidade própria e respeito alheio, “a liberdade da criança é
sensivelmente reduzida e limita-se o desenvolvimento de sua personalidade”,
critica o NEK. Sobre as consequências para a saúde através da ingestão de
psicofármacos, nada é declarado."